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domingo, 16 de agosto de 2015

Cuidados Com as Unhas


Para o homem e a mulher das cavernas, as unhas tinham funções vitais: destroçar alimentos e auto-defesa contra inimigos e animais. Com a evolução da espécie, as unhas humanas perderam grande parte das funções, mas nem por isso deixaram de ser importantes. Principalmente pela questão estética: as unhas dão uma aparência mais delicada às mãos e pés e mostram um cuidado pessoal. Mas elas também podem ser focos de problemas e incômodos além de, em alguns casos, revelarem doenças. Por isso tudo, é fundamental tratar as unhas da melhor maneira.

Unha também sofre

Semana após semana o mesmo ritual: uso de acetona, lixa, alicate para remover cutícula. Todo este capricho pode acabar agredindo a queratina, uma substancia que compõe a unha. A acetona, por exemplo, pode ressecar as unhas. O esmalte pode dar alergia. E ao retirar a cutícula, você está removendo uma estrutura de proteção que impede entrada de microorganismos, como vírus e bactérias. Até sabonetes e detergentes são agressores, ressecam a mão e as unhas. Como conseqüência, as unhas enfraquecem, descamam, podem ficar onduladas e com manchas brancas.

O que fazer?

Para deixar as unhas bonitas sem prejudicá-las, aí vão algumas dicas: use removedores de esmalte sem acetona. Não use lixa sobre a unha, apenas na sua extremidade. Não remova a cutícula, mas apenas afaste-a com espátula, e retire com alicate apenas o que ficou sobrando nos cantinhos. Procure uma manicure que esterilize o material usado, ou leve você mesmo seu kit pessoal. Isso evita que você entre em contato com vírus, fungos ou bactérias que podem se instalar nos instrumentos. Por fim, para contrabalançar tanta agressão, procure passar um dia por semana sem esmalte, e nesse dia hidrate as unhas com um creme à base de uréia.

Em pessoas que trabalham muito com água e detergente (especialmente no trabalho doméstico), é muito comum que a pele ao redor das unhas das mãos fique constantemente inflamada, inchada, avermelhada e dolorida. As unhas ficam frágeis e onduladas. É o que chamamos de “Paroníquia Crônica”. Para curar, além do tratamento medicamentoso individualizado, a pessoa deve evitar contato com água e detergente, usando luvas de borracha, que devem ser compridas o suficiente para que não entre água dentro delas. Se mesmo assim entrar água, pode ser o caso de usar uma luva de algodão por baixo da luva de borracha. Demora um pouco, mas a pessoa acaba se acostumando a trabalhar com luvas.

Outro problema muito freqüente são as micoses, principalmente nas unhas dos pés. Um fungo que se alimenta da queratina da unha é o culpado por deixá-la espessa, opaca, amarelada e descamando. O tratamento é longo, porque o fungo tem de ser erradicado por completo. Mas com medicamentos adequados, paciência e persistência, as unhas voltam ao normal.

Unha encravada

Quando o canto da unha penetra no tecido do dedo, temos a unha encravada. Mais freqüente na unha do dedão do pé, este problema acontece ou porque a unha é muito encurvada ou porque a pessoa costuma cortar a unha de modo inadequado. O ideal é deixar a unha do pé com formato quadrado, com os cantos livres.

Quando a unha dá um sinal

Às vezes, a alteração das unhas é só a ponta de um iceberg: a unha fica alterada por problemas do corpo como um todo. Isso ocorre em algumas doenças pulmonares, que arredondam a superfície das unhas. Anemia por deficiência de ferro deixa as unhas arqueadas. Problemas na tireóide deixam as unhas quebradiças. Estrias longitudinais podem aparecer nas pessoas com artrite reumatóide ou com doenças vasculares, ou em doenças específicas da pele, como o líquen plano. Feito o diagnóstico, deve-se tratar a doença que gerou a alteração nas unhas. A idade também pode causar estrias longitudinais nas unhas, e neste caso isso é normal.

Os roedores de unhas

Roer as unhas é sinal de ansiedade. Com o tempo, a pele ao redor delas inflama, e as unhas acabam deformadas e com dificuldade de crescimento. Existem formulações de esmaltes com gosto desagradável para tentar inibir o hábito, mas para conseguir parar de roer as unhas é preciso, antes de tudo, muita força de vontade. Por ser um sinal de estresse, a pessoa deve cuidar do seu lado emocional.

Como vocês viram, cuidar corretamente das unhas não é só uma questão de estética e de vaidade. É também de saúde.

Até a próxima!

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